Na hora de nos posicionarmos politicamente e escolhermos nossos candidatos sempre levamos em conta o histórico da pessoa, simplificando muitas vezes nossa decisão nos termos de “direita” ou “ esquerda”.
Este artigo irá explicar a origem destes termos e ao final passará uma perspectiva nova para explicitar o que todos nós temos no fundo de nossa cabeça mas que muitas vezes não conseguimos por em palavras.
Origem dos Termos
Durante a Revolução Francesa em 1789, na França, os girondinos, considerados mais moderados e conciliadores, ocupavam o lado direito da Assembleia Nacional Constituinte, enquanto os jacobinos, mais radicais e exaltados, ocupavam o lado esquerdo. Essa é a origem da nomenclatura política que categoriza os posicionamentos políticos no interior dos sistemas contemporâneos.
Geralmente, o termo “direitista” é aplicada ao que se denomina pensamento “conservador”. enquanto que “esquerdista” é caracterizado pelo pensamento “revolucionário”.
Isto se dá pelo fato de que os girondinos (conservadores) eram menos radicais que os jacobinos (progressistas) no esquema Revolucionário.
É importante ressaltar que a própria Revolução Francesa, se observada em seu todo, era um ato expressamente revolucionário, influenciada pelo iluminismo francês
e automaticamente contrária à Fé Cristã (Como Voltaire costumava dizer contra à Igreja Católica: morte à infame!).
No fundo os dois lados eram revolucionários (teatro das tesouras) a diferença era apenas o nível de radicalidade às ideias igualitário-revolucionárias. Por isso que liberais e revolucionários, não raro, associam-se; isso seria respectivamente o que chamamos hoje de: centro e direita (liberais/girondinos) e esquerda (revolucionários/jacobinos).
No fundo são a mesma coisa a única diferença é o nível de aceitação de valores que são intrinsecamente iluministas, portanto contrários à fé Cristã.
Teatro Político: Os Radicais no Mal (esquerda) e os Cumplices Moderados (centro e falsa direita)
A Estratégia das Tesouras é a divisão do campo político entre duas partes da mesma força, sendo uma moderada e a outra radical. A ala radical promove mudanças enquanto a moderada finge ser oposição. Os holofotes se direcionam às duas faces da mesma força e todo o resto sai de cena. É criada a ilusão de oposição e escolha política com o objetivo de ampliar a hegemonia dessa força única (a Revolução). Aplicada por Lenin na União Soviética, esta estratégia chegou no Brasil e, teve seu início no ano de 1989.
Centro e Libertinagem
O Liberalismo ausente dos princípio morais, permite e promove a libertinagem ao mesmo tempo em que torna a vida cômoda e agradável devido à estabilidade do capital. Com isso o Espírito do Povo se enfraquece fazendo com que eles troquem a sua liberdade verdadeira pela comodidade para continuarem gozando em seus vícios. Por isso o espírito do liberalismo é “aceitar” o bem, sem rejeitar o mal.
Neste sentido a massa é liberal (é o centro decisivo) e as lideranças de esquerda (jacobinos) ou “direita” (girondinos) são Revolucionárias, conduzindo o povo por um teatro “democrático” que por aparentar ser real e ao mesmo tempo fornecer subsídios para que todos gozem de seus vícios, faz com que não haja reação.
Por isso o Ocidente parece estar dormindo, inebriado por uma ilusão que o consome lentamente e que em nossos dias faz com que nossa civilização esteja perto do estado terminal (O liberalismo de “direita” e o Socialismo de esquerda são os parasitas que iludem fazendo com que sua vítima se torne fraca pelo hedonismo e seja consumida pela falsa esperança).
Solução Inesperada: A Verdadeira Direita
O estado de coisas em que estamos inserido atualmente é fruto da História, fruto do sanguinário Processo Revolucionário. Alguém poderia se perguntar: Aonde está o verdadeiro Bem nisto tudo? Percebe como o embate muito mais que político é filosófico-religioso desde sua origem? Os revolucionários sonham em destruir a
Cristo e sua Verdadeira Igreja; a Revolução Francesa nada mais foi do que parte de um plano para destruir a ordem temporal e sobrenatural, ou seja, na esfera social a influência de Cristo e de sua Igreja para abrir caminho à era que hoje vivemos que é o novo paganismo (Estado moderno).
Por esse motivo vemos certos agentes revolucionários ascenderem à categoria política sem a menor censura ou pior com toda a facilidade ganhando voz no “diálogo” e sendo “democrático” (o diabo sendo democrático com Deus, que absurdo!).
Porém a oposição verdadeira a isto tudo é a Contra-Revolução, que é a verdadeira direita! Ora, sabendo que a identidade ideológico-religiosa é a essência de um partido político, logo concluímos que a identidade da Contra-Revolução fiel à Igreja e aos princípios de ordem natural é a Verdadeira direita, sendo assim, só este movimento pode Restaurar a Ordem Temporal e Espiritual.
Se o Estado for regido por forças que o separam da Igreja ou se Esta for trocada por outras seitas acontece o que hoje estamos presenciando (aquilo que deveria ser de direita se torna “falsa direita”).
A ideologia revela a cosmovisão e nela está a concepção de Deus, de Estado, de homem etc, não há como separar a Igreja do Estado, o corpo da Alma, o prático do sublime, o indivíduo da moralidade.
Tendo ciência dessa relação entre a história passada e nosso tempo fica a pergunta: Qual seu posicionamento?
Obras Consultadas:
- BERNET, Anne. Histoire Générale de la Chouannerie. France: Perrin, 2007.
- SALVANI, F. S. O Liberalismo é Pecado. São Paulo: Panorama, 1949.
- SÉGUR, monsenhor de. A Revolução Explicada aos Jovens. 2 ed. Trad. Luiz de Carvalho. São Paulo: Castela , 2021.
- MONTFORT, L.M.G. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. 34 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.