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Apesar de os estudos não serem sobre Adão e Eva, mas, sobre o “Adão” e a “Eva” dos descendentes pós-gargalo populacional, a ciência prova que só é possível a humanidade descender de uma única mulher e um único homem.
Um gargalo populacional ocorre quando o tamanho de uma população é reduzido por pelo menos uma geração. Passar por um “gargalo” pode reduzir muito a variação mesmo se o gargalo não durar por muitas gerações. Após este fenômeno ocorre o efeito fundador que é uma nova colônia iniciada por alguns poucos membros da população original.
 
Adão cromossomial-Y
Cromossomo e DNA
Adão cromossomial-Y é uma referência ao Adão do Gênesis, mas apenas como metáfora. O nome pode dar a entender que o Adão-Y foi o único homem vivo em seu tempo; o que ele não foi. “Adão-Y” nem mesmo é um único indivíduo fixo e determinado, mas um título que continuamente passa para diferentes indivíduos com o passar do tempo. Quando uma linhagem masculina encerra-se pela morte de seus descendentes, uma mais recente torna-se a nova Y-MRCA. Em tempos de rápido crescimento populacional, as linhas patrilineares são menos propensas a morrer que durante um período de gargalo populacional.
Todos os seres humanos vivos também são descendentes matrilinear de Eva Mitocondrial que se pensa ter vivido cerca de 200.000 anos atrás. Y-cromossômica Adão e Eva mitocondrial não precisavam ter vivido, ao mesmo tempo, nem no mesmo lugar.
O Adão cromossomial-Y provavelmente viveu entre 237 mil e 581 mil anos atrás, julgando pelos estudos do “relógio molecular” e marcador genético. Enquanto seus descendentes certamente tornaram-se parentes próximos, Adão cromossomial-Y e a Eva mitocondrial são separados possivelmente por mil gerações. Isto é devido às diferenças encontradas nas estratégias reprodutivas de machos e fêmeas. 
 
Eva Mitocondrial
Cordão umbilical
Eva mitocondrial é o Mais Recente Ancestral Comum – MRCA, (do inglês, Most Recent Common Ancestor) por descendência matrilineal de todos os seres humanos vivos na atualidade. O seu DNA mitocondrial (mtDNA) foi passando de geração em geração e está agora presente em todas as pessoas. Todos os mtDNAs presente em todas as pessoas do mundo é derivado do mtDNA da Eva mitocondrial. É a contraparte do Adão-Y, o Mais Recente Ancestral Comum – MRCA, por descendência patrilinear.
Comparando o DNA mitocondrial de mulheres de vários grupos étnicos, eles puderam estimar quanto tempo se passou para que cada grupo assumisse características distintas a partir de um ancestral comum. De fato, eles construíram uma árvore genealógica para o gênero humano, na base da qual estavam a Eva Mitocondrial e o Adão Cromossomial. Isto não significa que eles foram os únicos existentes em sua época, mas que um pequeno grupo fundador possuía o mesmo DNA Mitocondrial e Cromossomial e produziram uma linhagem direta de descendentes que persiste até a presente data.
 
Detalhes do estudo da Eva Mitocondrial
 
A Dra. Rebecca L. Cann, do Departamento de Biologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, realizou uma pesquisa com o intuito de descobrir a origem da raça humana através do mtDNA (DNA Mitocondrial). Rebecca e a equipe realizaram testes com 147indivíduos, das cinco populações geográficas do nosso planeta, de todos os grupos de seres humanos, e concluiu que todos possuíam um mtDNA idêntico. Portanto, todos teriam uma mesma ancestral em comum: a Eva Mitocondrial. Alguns naturalistas, tentando se esquivar das implicações bíblicas que tal descoberta possui, afirmam que não houve apenas uma única mulher que deu origem a todos nós, mas um grupo formado por várias mulheres e vários homens, porém não é isso o que os estudos indicam; tal posicionamento parte de pressupostos metafísicos. Se a premissa desses naturalistas estivesse correta, a pesquisa mostraria que um determinado grupo de pessoas veio de uma única ancestral, outro grupo veio de outra ancestral, e assim por diante, mas os resultados mostram que todos viemos de uma única e mesma mulher e homem, portanto de um único casal. Não há razões suficientes, também, para se crer que a Eva Mitocondrial foi a única capaz de produzir uma linhagem direta até os dias atuais, em detrimento das “outras evas”.
Forma humana e genética
Muitos cientistas evolucionistas também tentaram descobrir quando e onde a primeira mulher haveria surgido. A conclusão deles foi que ela era africana e surgiu há pelo menos 200 mil anos.
Essa conclusão veio principalmente por meio de métodos baseados em datação radiométrica. 
Contrariando tais suposições de muitos evolucionistas, um estudo feito pelos doutores Lawrence Loewe e Siegfried Sherer afirma que, se compararmos o tempo necessário para que as pequenas variações genéticas passassem a fazer parte do material genético de um grupo de indivíduos com o número dessas variações do mtDNA, chegaríamos à conclusão de que a primeira mulher teria surgido em algum tempo entre 6000-6500 anos atrás;
An Gibbons, escreve que “os investigadores calcularam que a ‘Eva mitocondrial’ – a mulher cujo mtDNA foi ancestral de todos os seres humanos – viveu entre 100.000 a 200.000 anos atrás, na África. Utilizando o novo relógio, ela teria uns meros 6.000 anos.” 
 
A verdadeira origem
Segundo o relato bíblico sobre a criação da raça humana, todos nós teríamos vindo de uma única mulher: Eva. Durante muito tempo os cientistas evolucionistas ridicularizaram os cristãos por crerem que todos teríamos realmente vindo do primeiro casal criado por Deus. Sem bases sólidas, e com o desejo ardente de querer harmonizar a Bíblia com a ciência, muitos cristãos optaram por abraçar o dogma evolucionista e acabaram por deturpar o Gênesis, considerando-o nada mais que uma parábola, para não dizer “um mito”.
Como vimos, temos bases científicas para afirmar que todos realmente viemos de uma única e mesma mulher (mtDNA) e um único e mesmo homem. Os dados a respeito de quando surgiu o primeiro mtDNA tornam as histórias de Adão e Eva ainda mais evidentes, pois se calcularmos as datas desde a criação de Adão e Eva até os dias atuais, teriam se passado cerca de 6.000 anos; porém, levando em consideração que as genealogias nem sempre estão completas (como no caso da genealogia de Jesus, descrita nos evangelhos), pode ser que esse tempo seja um pouco mais esticado, podendo chegar a aproximados 10.000 anos por exemplo (A Suméria é a civilização mais antiga que se tem registro, estima-se que eles viveram a mais de 3.500 anos antes de Cristo. Muitos chegam a estimar que eles datam muito mais de 6 mil anos).
Referências:
 
  • Rebecca L. Cann et al., “Mitochondrial DNA and Human Evolution”, Nature, Vol. 325(6099), 1 January 1987, p. 31-36.
  • AYALA, F., “Polimorfismos genéticos y evolución de los seres humanos modernos”, Jornadas sobre “Evolución molecularhumana”, Museo de la Ciencia de la Fundación “La Caixa” (Barcelona, 24-25 de abril, 2001).
  • Gibbons A. “Calibrating the Mitochondrial Clock.” Science. 1998;
  • 279(5347): 28-29.
  • Lawrence Loewe and Siegfried Sherer, “Mitochondrial Eve: The Plot Thickens”, Trends in Ecology e Evolution, Vol. 12, Issue 11,November 1997, p. 420-422.
  • First International Workshop on Human Mitochondrial DNA, 25 to 28 October 1997, Washington, D.C. Reprinted withpermission from Gibbons, Ann (1998). “Calibrating the Mitochondrial Clock”, Science 279: 28-29. Copyright 1998, AmericanAssociation for the Advancement of Science.
  • Underhill, Peter A., Peidong Shen, Alice A. Lin, Li Jin, Giuseppe Passarino, Wei H. Yang, Erin Kauffman, Batsheva Bonné-Tamir,Jaume Bertranpetit, Paolo Francalacci, Muntaser Ibrahim, Trefor Jenkins, Judith R. Kidd, S. Qasim Mehdi, Mark T. Seielstad, R.Spencer Wells, Alberto Piazza, Ronald W. Davis, Marcus W. Feldman, L. Luca Cavalli-Sforza & Peter. J. Oefner (2000) Ychromosome sequence variation and the history of human populations. Nature Genetics, 26: 358-361.
  • “Modern Men Trace Ancestry to African Migrants”, A Gibbons, Volume 292, Number 5519, Issue of 11 May 2001, pp. 1051-1052.
  • «African Origin of Modern Humans in East Asia: A Tale of 12,000 Y Chromosomes» (em inglês)
  • Rana Fazale and Hugh Ross: Who Was Adam: A Creation Model Approach to the Origin of Man. NavPress, Colorado Springs2005, ISBN 1-57683-577-4
  • Bateman, A. J. 1948 Intra-sexual selection in Drosophila. Heredity2, 349-368.

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