Em maior ou menor grau todos nós somos irmãos. Todo aquele que possui a natureza humana o possui porque ela foi transmitida. Ora, essa transmissão é justamente o vinculo de paternidade e filiação. Todos nós carregamos em nossa natureza a soma de todos os nossos antepassados; desse modo, em maior ou menor grau, todos somos irmãos pela filiação por que esta provém da mesma paternidade.
Vemos logo depois da perda da Justiça original, a narrativa de um fato que é uma das mais trágicas consequências do pecado original: a guerra.
Mal saiu o homem e a mulher do paraíso, Caim mata seu irmão Abel. O primeiro simboliza o mal e o segundo o Bem. Esse fato ocorrido entre os irmãos já é o embate da guerra justa posta por Deus entre os filhos da Mulher e os da serpente (Gen. 3:15).
A triste consequência do Pecado original é a de, numa mesma família, com a mesma formação, o mesmo lar, etc., nascerem duas escolhas no coração dos homens: pertencer à raça da mulher ou se tornar vil e pertencer à raça da serpente. A escolha definirá o coração.
Essa diferença de corações, de espírito, de mentalidade, de proceder é a causa da guerra.
Vemos continuamente os irmãos entrarem em guerra, povos de mesma origem brigando por terem concepções diferentes: Abel contra Caim, judeus contra árabes, ucranianos contra russos, taiwanês contra chineses, etc.
Mas por quê? Será que há razões que justifiquem a guerra?