Num país de contrastes intensos, o Brasil se revela dividido entre dois povos habitando uma mesma terra. De um lado, hedonistas entregues a um show ritualístico com uma artista excomungada três vezes pela Igreja Católica, do outro, tementes a Deus, comprometidos em ajudar seus irmãos numa crise humanitária devastadora. Essa dicotomia expõe a alma do Brasil, um país onde a fé e a fruição egoísta se chocam de maneira dramática.
O lamaçal invade as casas assim como a impureza invade as almas
Enquanto a cantora Madonna se apresentava, em um evento repleto de simbolismo anti-religioso, cheio de rituais diabólicos, celebrando os “valores” da humanidade Neopagã, as águas do Guaíba inundavam Porto Alegre e outras cidades gaúchas. Em meio ao brilho das luzes e ao som ensurdecedor, pouco se lembrava dos mortos, desaparecidos e feridos nas enchentes do Rio Grande do Sul. A apresentação, que muitos consideram um insulto à fé, deveria ter sido suspensa em respeito à tragédia nacional. 
No entanto, a blasfêmia e o egoísmo da fruição prosseguiram seu curso, assim como as águas das enchentes…
A Tragédia no Sul
Porto Alegre, há décadas assombrada pelas enchentes do Guaíba, viveu drasticamente o terror das águas. Desde o século XIX, a cidade testemunha inundações que devastam vidas e lares. Em 2024, com 336 municípios gaúchos em estado de calamidade, a tragédia se intensificou. Ratos, cobras e até jacarés emergiram das águas sujas, assustando os moradores e exacerbando a crise humanitária. Famílias inteiras perderam tudo, enfrentando um cenário de morte e destruição; nas palavras de alguns conhecidos nossos que estão na região “um verdadeiro estado de sítio”.
A generosidade do brasileiro fruto da fé
Em contraste com a indiferença neopagã, muitos brasileiros responderam à tragédia com compaixão e solidariedade. Movidos por sua fé, voluntários de várias partes do Brasil mobilizaram-se para oferecer ajuda aos atingidos. Em Porto Alegre, o batuque dos tambores, que eram tão frequentes, já não mais ecoaram, enquanto no Rio de Janeiro se fez ouvir um rufar semelhante. O silêncio que na monotonia dos dias domina o alto mar carioca migrou para o Sul, não como uma mensagem de paz do pôr-do-sol do Rio, mas talvez como um aviso, como um Clamor do próprio Cristo Redentor…
A Esperança de um céu e almas limpas
Essa tragédia nos faz refletir numa urgente reconciliação com valores espirituais mais elevados. Num sentimento mais nobre. Se o país, abençoado com clima perfeito e terra exuberante, cultivasse uma fé profunda na verdadeira Madonna (Nossa Senhora em italiano), poderíamos emergir como um país-modelo em valores e sentimentos para os demais povos neopagãos. Devemos promover a chama da fé, espetáculos de alta cultura que elevem os pensamentos e sentimentos de cada alma que por vezes está sem esperança, desolada pelos lodos do pecado e do desanimo.
O Brasil de hoje é um reflexo de seus contrastes: de um lado o hedonista mergulhado em prazeres fugazes, de outro, os tementes a Deus, dedicados ao serviço e ao sacrifício; de um lado o compromisso com ideologias e do outro, o compromisso com a Verdade, o Bem e o Belo. Uns a personificação do nobre, outros a pérfida figura do playboy. A tragédia das enchentes, coincidindo com o show blásfemo, parece um aviso divino. Que o país se inspire naqueles que ajudam com um espírito nobre, na esperança de um futuro onde a fé prevaleça sobre a vaidade, e a solidariedade, sobre o egoísmo.
Referências