A música nunca esteve tão presente em nossas vidas quanto nos dias atuais. Todos os dias, se observarmos, veremos pessoas com fones de ouvidos, ou pelo menos com eles pendurados no pescoço enquanto estamos no ônibus, no metro ou em casa na hora de relaxar.
A música é poderosa para o equilíbrio emocional, como também para tratamento de doenças. Isso se dá pela natureza do som. 
 
A natureza do som
 
Análogo à luz, que é uma onda eletromagnética, o som é uma onda de natureza mecânica. As “ondas” tem um impacto muito grande em nossas mentes; contudo, a natureza do som é mais impactante devido à materialidade de sua natureza. A imagem visual e a imagem auditiva são portanto do mesmo gênero (Imagens sensitivas), mas de espécies diferentes, devido a sua diferença de natureza (o mesmo vale para as outras imagens sensitivas: a olfativa, a tátil e a degustativa).
Basicamente o som precisa de um meio com matéria para se propagar, ou seja, precisa vibrar o ar até chegar aos nossos ouvidos vibrando assim o nosso tímpano. A luz é diferente, ela se propaga no vácuo. Existem outras diferenças mas esse não é o foco deste artigo.
 
A Música não é barulho
 
A música é muito mais que um simples ruído, ela possui sons, ritmos, harmonias, melodias, etc.
Essa consonância harmônica pode ser usada como tratamento. É justamente o que a Musicoterapia faz! Criar repertórios personalizados para tratar doenças de naturezas mentais e físicas! Lembre-se do que foi dito acima : “onda + mecânica”, ou seja, o impacto é mente e corpo. Quando estamos escutando música, mesmo sem intenção terapêutica, ela está impactando nossa alma de maneira direta, por isso devemos ficar atentos ao que entra pelos nossos ouvidos em matéria de música; é fato que desde a letra até os acordes de algum modo subconsciente possuem impacto sobre nossa moralidade e sentimentos.
Cada estilo musical, bem como cada música em sua individualidade, traduz uma maneira de pensar revelando assim um tipo humano, uma mentalidade, um estado de espírito que evocam sentimentos, memórias e sensações correspondentes.
Se quiser saber o impacto que o som e as palavras produzem, te recomendo nosso artigo o poder das palavras.
Musicoterapia na antiguidade

Diferente do que muitos pensam a musicoterapia é utilizada para o tratamento de enfermidades desde os tempos antigos.
Dizem que o médico de Alexandre Magno, Herófilo, regulava a tensão arterial de acordo com uma escala musical correspondente a idade do paciente; e que Demócrito afirmava que as mordidas de serpentes podiam ser curadas com música de flauta tocada de forma hábil e melodiosa.
Platão afirmava que a música é o remédio da alma e que esse remédio chega ao corpo através dela (da alma).
Os psicólogos e mais especificamente musicoterapeutas, empregam atualmente a música para despertar a atenção, estimular a confiança, aliviar tensões, estresses, dentre outras aplicações.
Só agora podemos entender o ditado: “Quem canta seus males espanta”, ou melhor “quem ouve música, seus males espanta”.
Um exemplo que podemos deixar aqui é o vídeo abaixo. Você irá se surpreender!
Referências:
 
  • DNGHIEM, Dr. Minh Dung. Música, Inteligência e Personalidade. Trad. Felipe Lesage. Vide Editorial: Campinas, SP, 2018.
  • RIBAS, J. C. Música e Medicina. 2 ed. Edigraf: São Paulo, 1975.
  • WILSON, Mitchell. A Energia. Biblioteca Científica Life. LJOE: Rio de Janeiro, 1967.

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